A Escola Estadual Brasil Novo,
desde 2007 vem desenvolvendo o Projeto Afrodescendente, sendo que a cada ano é
escolhido um sub tema, o qual é trabalhado de forma interdisciplinar e
transversal.
O subtema deste do ano de 2014 é:
“A evolução dos Quilombos no Amapá”, amparado pela Lei 10.639/03
pretendemos aprofundar o estudo a
respeito da inter-relação com o outro e através das atividades pedagógicas,
mostrar à importância das relações socioculturais, trabalhando o histórico das
etnias, a aceitação da identidade, a valorização das diferenças, priorizando a
aprendizagem por meio da própria realidade do aluno. Promovendo assim,
superar o preconceito, a discriminação e toda forma de racismo
presente na sociedade, independente da cor, raça, língua ou religião.
Como população mais miscigenada do planeta , o Brasil é um
caldeirão de manifestações culturais.
Durante os séculos de colonização, o território brasileiro
foi palco de uma fusão entre as culturas indígenas, europeias, especialmente portuguesa
e africana.
A comida africana reflete as tradições nativas da África ,
assim como influencias árabes, europeias e asiáticas. O continente africano é a
segunda maior massa de terra do planeta e berço de milhares de tribos, etnias e
grupos sociais.
Essa diversidade reflete-se na cozinha africana, no uso de
ingredientes básicos assim como na preparação e técnicas culinárias. Essa obra
introduz o tema Diversidade Cultural.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por
sua origem, ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender
e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”(Nelso Mandela)
Esse trabalho fora desenvolvido por grupos de professores que foram em algumas comunidades mais próximas do Bairro Brasil Novo. A pesquisa em locus deu origem para:
Programação da
culminancia do Projeto Afro
ABERTURA: Palavra da Diretora:
PROGRAMAÇÂO:
A escola Estadual Brasil Novo vem desenvolvendo o Projeto
“Afrodescendencia: Possibilidade e Oportunidade” desde 2007 com o intuito de
valorizar a cultura negra, garantir a implementação da Lei 10.639/03.Bem como despertar
em seus seguimentos a
Esse ano de 2014, o Projeto desenvolveu o tema: “A Evolução dos Quilombos no Amapá”. Na
tentativa de somar as iniciativas de recontar a trajetória
dos quilombos, recuperando uma importante parte da história
do Brasil e contribuindo para a construção de Cidadania dos seus educando.
Sabemos que o Brasil fora constituíndo, através do encontro
das três etnias: O índio guerreiro, o negro capoeirista e o europeu
intelectual, mas que devido a miscigenação, a multiplicidade de cultura e
valores, surgiu o mameluco, mulato, cafuzo, e com a entrada de muitos
imigrantes essa cultura tornou-se mais diversificada, dando origem a esse povo
multicolor.
OBS: Com o intuito de mostrar esse
Brasil de várias línguas, povos e raças vamos assistir o coral Afro com a
música “Todos os povos” da cantora Soraia Morais.
No entanto para recontarmos a história é necessário corrermos
atrás da história não - oficial e pouco contada, por meio de participação de mulheres
e homens negros, que tiveram coragem de formar a maior forma de lutar contra a
escravidão.
Trata-se da formação de Quilombos, maior espaço físico, de
sobrevivência e resistência negra ,
edificados por vários lugares no País. Eram complexas organizações territóriais,
militares e administrativas, cada qual com sua própria estrutura habitados por
negros, índios, e as vezes até por brancos pobres. No Brasil destaca-se o
Quilomlombo dos Palmares sendo o maior de todos que teve como líder Zumbi dos
Palmares.
Na África, Kilombo era o nome dado a uma sociedade guerreira,
com organização militar bastante rígida e eficaz.
Hoje, antropólogos e historiadores admitem que esses espaços
foram sofrendo, modificações em sua estrutura e formação, que vai além de um lugar
de escravos fugidos.
Atualmente, esses espaços são Comunidades remanescentes de
quilombos caracteriza-se pela
predominância de negros , por serem comunidades rurais com atividades
sócio-econômicas que integram a agricultura de subsistência, o extrativismo, a
pesca , a caça, a pecuária tradicional, artesanato, a agroindústria (confecção
de farinha, azeite, produtos de uso locais).
Há aquelas, que configuram com a permanência de negros,
escravos e seus descendentes em antigas propriedades senhorais abandonadas ou
doadas legalmente ou ainda, só de boca.
São comunidades que têm sua história diferenciadas, porém que lutam com prestígio para o reconhecimento de suas
terras.
O quilombo da atualidade, nesse processo de resistência e
sobrevivência, apresenta grande avanço, pois temos Celebridades na arte,
danças, literaturas, matemática e tais conhecimentos podem ser vivenciados
pelos alunos para que ao ampliar seus conhecimentos, possa valorizar e
respeitar as diferentes manifestações afro amapaense dentro do contexto
histórico brasileiro.
O Projeto nesse momento tem a honrra de apresentar a pesquisa
etnográfica realizada em quatro comunidades do Amapá que são: Quilombolas do
Maruamum, Torrão do Matapí, Curralinho e Curiaú.
OBS: Roda de Capoeira com o Prof.Igor do
Programa Mais Educação.
OBS: Citação de poesias criadas pela
turma 4º ano “A” da professora Aurea.
OBS: A dança do Marabaixo pela
Comunidade Torrão do Matapí.
OBS: Desfile das alunas representando as
Comunidades.
AGRADECIMENTO
·
Direção
·
Professores
·
Funcionários
·
Alunos
·
Pais
de alunos
·
E
todos que contribuíram direta ou indiretamente.
Comunidade Quilombola
Torrão do Matapí
Torrão do Matapí
Iniciou com um cafezal
O Sr. José Arthur Torrinha
Era dono daquele local.
Situada na BR156
Na Rodovia Macapá Jarí
Em cima de um grande Monte
Está a Comunidade do Matapí.
Seu Pedro Mendes e D. Cândida
Negros, escravos de Mazagão.
Vieram com toda sua família.
Trabalhar naquele Torrão.
Como caseiro no cafezal.
Trouxe o sustento ao seu lar.
Seus filhos, cresceram e se casaram.
Formando uma comunidade familiar.
Com o sumiço do Sr. Torrinha.
E de Pedro Mendes, a eternidade.
Seu Benedito o Bilozão.
Registrou em seu nome, a propriedade.
Distribuindo a cada irmão
Um pedaço daquele chão.
Surgiram mais duas vilas
Trazendo grande transformação.
São Benetido é o padroeiro,
Daquela localidade, o principal.
Mas ainda tem a Sra. De Assunção,
E São Tiago do
Torrão.
Ali, o folclore é marcado,
Pela cobra grande que apareceu.
Assustando toda a população,
No Porto do seu Bilozão.
É uma história Verídica.
Que resultou em composição.
Cantada e tocada por Ronaldo Silva.
Com muita inspiração.
Autora :Maria Aurea Santos.
Comunidade Quilombola do
Curralinho
“É ali, lá
no curralzinho”
Era assim
que todos diziam.
E por causa
dessa expressão,
Todos, esse lugar, conheciam.
É um
cantinho sossegado,
Gente
chegando bem de mansinho.
Da Ilha Redonda e do Criaú
Formando o
Curralinho.
No início,
só tinha um capoal,
Pois era um
pequeno curral.
Que bicho
nenhum cercava,
Mas deu nome
ao local.
Curralinho é
uma comunidade nova
Que tem
apenas 90 anos.
Com muita
história e tradição,
Quem deu
nome, foi seu Mariano.
Na BR 210
fica situada,
À 11 km de
Macapá.
Depois do
Posto Policial,
Dobrando à
direita, num ramal.
O povo vive de
roça,
De horta e
criação do quintal.
Pra
alimentar a famílias,
Ou vender
nas feiras da Capital.
Os Programas
Federais,
Ajudam
também aquele povo.
Que faz voto
profundo,
Na festa de
São Raimundo.
No culto ao
Glorioso Raimundo,
Que é santo
de devoção.
Quando
começa a festança,
Vem gente de
toda a direção.
Do
curralzinho à Curralinho,
Tornou-se
uma grande comunidade.
Que evolui
culturalmente,
Com seus
afrodescendentes.
Autora :Maria Aurea Santos.
Comunidade Quilombola Maruanum.
O Distrito
do Maruanum,
Localizado ao
sudeste do Amapá.
É uma
comunidade quilombola,
À 80 Km de
Macapá.
Originou-se
de uma tribo indígena,
Que habitava na região.
Marú e Anum
foi o último casal,
Que restara
naquele local.
Alguns
escravos fugitivos,
Chegaram com
potencial.
Tornando-se,
novos moradores,
Mudando o
Contexto cultural.
A maioria da
comunidade,
São
remanescentes de africanos.
Que fugiram
da escravidão.
No período
da Colonização.
Bem
recebidos, pelo casal de índios,
Os quais
quiseram agradecer.
Juntando as
palavras: Marú e Anum,
O nome da
comunidade veio aparecer.
Maruanum,
lugar de ecoturismo,
Com fauna e
flora, presença natural.
Com campos e
várzeas, beleza exuberante!
Destacando
seu poder artesanal.
Técnicas de
negros e índios.
Senhoras
artesãs abraçam o legado.
A Associação
de louceiras,
Praticando a
arte com barro molhado.
É uma
comunidade estrutural,
Valoriza o
ecológico e o cultural.
Um pedaço da
África em plena Amazônia,
Que dança
Marabaixo e faz suas cerimônias.
Autora :Maria Aurea Santos.
Comunidade Quilombola Criaú
Das palavras Cria de criar e Mú de gado
Formou-se a palavra Criamú
Que com o passar do tempo
Evoluiu para Curiaú
Cria-ú de fora, Cria-ú de dentro
Cria-ú debaixo, Cria-ú de cima
É uma linda vila
Você nem imagina!
Localizada na AP70
À 12 km de Macapá
De fauna e flora diversificada
Lugar bom pra se banhar
Tempo atrás era apenas uma fazenda
Onde escravos negros vieram trabalhar
O proprietário Manoel Miranda ao falecer
Essa área aos negros veio pertencer
Hoje considerada como APA
Área de Preservação Ambiental
Pra que a população e os recursos
Mantenham sua beleza natural
È uma comunidade quilombola!
Peixes! Garças! São a graça do lugar
Marabaixo e batuque
No terreiro de Tia Chiquinhá
A cultura negra está presente
Na história do Amapá
Salve a Santa Maria!
Salve o São Joaquim!
E salve o Santo Antonio!
Que são padroeiros daqui
Pois no toque do tambor
Essa Vila é um esplendor!
Quilombo é habitação
Quilombo é evolução
Tem escritores, jornalistas
Tem poetas e muitos artistas!
Quilombo é meu chão
E amo de coração.
Das palavras Cria de criar e Mú de gado
Formou-se a palavra Criamú
Que com o passar do tempo
Evoluiu para Curiaú
Cria-ú de fora, Cria-ú de dentro
Cria-ú debaixo, Cria-ú de cima
É uma linda vila
Você nem imagina!
Localizada na AP70
À 12 km de Macapá
De fauna e flora diversificada
Lugar bom pra se banhar
Tempo atrás era apenas uma fazenda
Onde escravos negros vieram trabalhar
O proprietário Manoel Miranda ao falecer
Essa área aos negros veio pertencer
Hoje considerada como APA
Área de Preservação Ambiental
Pra que a população e os recursos
Mantenham sua beleza natural
È uma comunidade quilombola!
Peixes! Garças! São a graça do lugar
Marabaixo e batuque
No terreiro de Tia Chiquinhá
A cultura negra está presente
Na história do Amapá
Salve a Santa Maria!
Salve o São Joaquim!
E salve o Santo Antonio!
Que são padroeiros daqui
Pois no toque do tambor
Essa Vila é um esplendor!
Quilombo é habitação
Quilombo é evolução
Tem escritores, jornalistas
Tem poetas e muitos artistas!
Quilombo é meu chão
E amo de coração.
Autora :Maria Aurea Santos.
Poesia 2014 – Criadas pelos alunos de 4º ano
Tema: Discriminação
não!
Gente sofrida com os
pés no chão
Vamos tirar o bulliyng
desta nação
Respeitando o
coleguinha sem discriminação
Vamos nos unir, pro
preconceito sair daqui.
Levante sua alegria, vislumbre
sua cor
E acorde seus
sentimentos
Pois você é negro
vencedor.
Levante seu carinho,
exponha a alegria
Não tenha vergonha, de
entrar nesta folia.
Criança alegre, tem
muito carinho
Seu dia é hoje, dia de alforria.
Criança bonita, de
história linda!
De coração bem forte,
sabe o que é a vida.
A discriminação tem que
acabar
A discriminação tem que
terminar
Somos todos irmãos
E vamos por isso lutar.
( Maísa)
Verdade é felicidade
União é inspiração
Seja branco, índio ou
negro
Devemos amá-los de
coração. (Suely)
O martelo bate no prego
O prego é martelado
A saudade bate no peito
Somos cidadãos e
merecemos respeito (Jadilene)
A união do negro
É sua inspiração
Do fundo do coração
Fora discriminação! (
Marcel)
Levante a esperança e
dê valor
E todas as crianças,
cuidem com amor.
Levante a bandeira,
exponha a esperança
De ter um mundo melhor
pra todas as crianças.
Não tenha medo, lute
por seus direitos
Exija da sociedade,
mais respeito.
Criança é linda, tem
muito que viver
E todos os seus
direitos, tem que merecer.
Para ter bondade em nosso
coração
Temos que acabar com a
discriminação
E viveremos felizes
Em paz e união.
(Jayane)
Quilombo é o meu chão.
Fora discriminação!
O negro é especial.
Preconceito não é
legal. (Ewerton)
Coração fica na solidão
quando tem discriminação
A verdade é linda e
merece abraço nesse compasso. (Jhenifer Raíssa)
Caridade e verdade,
vamos varrer a maldade.
O amor é o nosso valor
A união é a nossa
inspiração
Pois somos todos
irmãos. ( Paulo)
Negro são ótimas
pessoas
Negro só faz coisas
boas
Negro faz união, com
pessoas do coração.
Negro merece respeito
Negro é amigo do peito
Sempre devemos
valorizar
São moradores do meu
lugar.
Vamos todos juntos
respeitar
E um mundo melhor poder
conquistar
O índio e o negro
devemos amar
Essas pessoas temos que
ajudar (Gabriel Ataíde)
Criança morena, de pele
bem negra.
Seu dia é hoje. É dia
da raça.
Criança bem linda, de
história sofrida.
De raça bem forte que
sabe vencer.
Não podemos deixar as
pessoas tristes
Discriminação no mundo
existe
Se lutarmos com amor fé
e coragem
Amaremos todos da nossa
cidade. (Yanick)
Serviço escravo e
discriminação
Faz mal ao coração
Não é bom escravizar
Nem tão pouco
discriminar.( Yane)
A verdade traz
felicidade
Viver com amor sem
discriminação
São princípios do meu
coração. (Thiago Vieira)
O amor é uma coisa que
todo o ser humano sente
O bulliyng, nos deixa
descontente
Mas o amor de Deus não
faz separação
Índio, branco e negro
moram em seu coração (Marculino)
Viva o negro! Eles são
nosso tesouros
A discriminação merece
exclusão
E assim seremos
Uma verdadeira nação.
(Waine)
Maldade e discriminação
Formam a desunião.
Viva o negro com todo
respeito
Ele é nosso amigo do
peito. (Debora Castro)
O respeito é precioso e
o amor é gracioso.
Na mente e no coração,
Não tem que ter
discriminação.( Débora Santos)
Levante sua força no
brilho da estrela,
Não fique a sofrer, com
o que dizem de você.
Levante sua alma,
exponha seu amor.
Não tenha vergonha de
estudar e ser doutor.
Criança bonita, do
fundo do peito.
Seu dia é hoje exija
respeito.
Fora discriminação!
Deve ser nosso grito de
guerra.
De raça forte que agita
a galera!( Fábio)
Não quero preconceito
Só quero amor e paz
Viva nossa Pátria
Somos todos capaz.
(Paula Eduarda)
Levante a cabeça, pense
bem.
Faça um carinho no
rosto de alguém.
Levanto o meu escudo para
defender.
O preconceito não tem
mais poder.
A criança branquinha é
respeitada,
E a negrinha, sempre
ignorada.
Seja branco ou negro devemos
respeitar.
Todas as crianças do
nosso lugar.
O negro tem direitos,
ele é bem presente.
Fora a Discriminação!
Devemos viver em
união.(Aline)