quinta-feira, 30 de novembro de 2017

POESIA: QUILOMBO

QUILOMBO

Lugar arejado, núcleo de resistência.
Quilombo, mocambo ou terra de negros, fortificação.
Lugar arejado de meus antepassados.
Que hoje evolui com a cultura de um povo miscigenação.
I
Quilombo é habitação, quilombo é evolução.
Tem escritores, jornalistas, tem poetas e muitos artistas.
Quilombo é meu próprio chão, que amo de coração.
É um espaço natural que cultiva o cultural.
II
Quilombo é criatividade, quilombo é irmandade.
Tem um jeito diferente dos que vivem na cidade.
Quilombo vive a bailar nas cantorias que tem por lá.
Quilombo é assim é pra viver e ser feliz.
III
Quilombo é garra, é raça, quilombo é a nossa casa.
Trabalha com a natureza e faz dela fortaleza.
Quilombo é um pedaço da África em plena Amazônia.
Que dança Marabaixo e faz suas cerimonias.
IV
Quilombo não é só tranquilidade, é luta pela equidade.
Hoje faz sua resistência com arte e ciência.
Quilombo é manifestação pela posse e preservação.
Quilombo é um aglomerado, é um abrigo considerado.
Em 18/11/17 às 9:00h
Autora: Maria Aurea Santos.


Consciência da Mulher Negra

Consciência da Mulher Negra

Fui classificada ao máximo na cor, na aparência, na estatura.
Na fala, no beiço, nariz e cabelo, a custa de pau, pão e pano.
A Diáspora traçou meu destino, Mama África ficou para traz.
A dor que imperava no “Tombadilho”, era que liberdade, eu não tinha mais.

Ao avistar a terra do novo mundo, apesar da beleza natural.
Foi me imposto, costumes e um nome, me distanciando de meus ancestrais.
Mas não puderam calar minha voz, meu tambor, meu afoxé, meu berimbau...
Meu jeito, meu credo, minha dança, incomodava destemidas rivais.

Muitas lutas eu resisti, no quilombo me refugiei.
Pus em prática o que de raiz aprendi, pois esse chão era minha nova grei.
Regado com sangue fraternal, liberdade no papel alcancei.
Pura democracia racial, não fui inclusa no social.

Mesmo sendo parte do global, pelas conquistas de direitos, lutei.
Mas a nomenclatura magistral me resumia apenas aos três ps.
Difícil ser negra ou mulata, em plena política do branqueamento.
Ainda bem que “Casa Grande & Senzala”, reinterpretou-me triunfantemente.

Hoje com as conquistas vindouras, tenho meu livre arbítrio.
De mostrar , o que sou e o que faço, afirmo-me do pó ao aço.
A minha identidade, reflete pura beleza.
Que rufem os tambores, pois quero dizer:
“ Viva a Consciência da Mulher Negra”!


Em 10/11/17 às 22:00h
Autora: Maria Aurea Santos.

Agradecer

Agradecer
Hoje, quero te agradecer.
Por tudo que tens a me conceder.
A vida foi a primeira dádiva.
Que destes a mim, por toda essa idade.
Pois tu Senhor, és meu bem maior.
A ti ofereço o meu melhor.
Minha raiz, meu chão, meu legado, meu nicho.
É meu rubi, minha prole que cuido com capricho.
A identidade é fundamental.
Para a vida secular.
Ergo minha voz pra te agradar.
Por mais um ano, que estou a completar.

Aos meus pais que me deram instrução.
À parentela, muito dedicação.
Aos meus filhos que sempre me apoiaram.
E aos amigos, que nunca se afastaram.
Peço-te a eles, muita proteção.
Ricas bênçãos e compreensão.

Que a simplicidade faça parte de mim.
E a paz de espírito que flui de ti.
Sejam escudos a todos os ais.
Pra combater, lutas espirituais.
A vida terrena é passageira.
Dê-me sabedoria pra transpor as barreiras.

Toda honra e toda gloria, sempre te ofertar.
E ao teu nome, sempre exaltar.
Obrigada por me permitir.
Colher mais uma flor nesse lindo jardim.
Quero dizer-lhe com devoção.
Obrigada Senhor de coração!

Em 23/09/17 às 6:00h
Autora: Maria Aurea Santos.

Diversão, cultura e conhecimento

Diversão, cultura e conhecimento

Diversão ,cultura e conhecimento,
Juntos, forma  um bom alimento.
Iguarias excelentes,
Para tratar mentes inconsequentes.

Mentes que mergulhadas estão,
Num oceano de corrupção.
Ou mentes alienadas, meu irmão,
No mar da marginalização.

Cego é quem não quer ver,
O que lá fora está acontecendo.
A batalha do bem e do mal,
Entre as classes, se fortalecendo.

Prega o desrespeito imoral
O assédio sobre os direitos é mortal.
Escrúpulo, covardia, Pecs do não,
Que perseguem a vida do pop cidadão.


A intolerância impera.
Na religião, no gênero, na cor...
Quisera que todos plantem tâmaras.
É a lição mais certa de cultivar o amor

Na vida,  o plantar e o colher
Diversão , cultura e conhecimento,
São melhores alimentos.

A diversão construtiva,
Reflete no dia-a-dia.
É prática da vida
É um mousse de alegria.

A cultura é diversidade,
Diferentes costumes de uma sociedade.
O berço das tradições,
Que emana das civilizações.

O conhecimento é o chão,
Saber trilhar é a questão.
Depende da intrepidez,
Que apresentar o freguês.

Por tanto, diversão, cultura e conhecimento.
É tudo o que está acontecendo
Aqui nesse momento.

Em 25/08/17 às 10:00h
Autora: Maria Aurea Santos.

Mulheres Empoderadas

Mulheres Empoderadas
I
Marabaixo é tradição no quintal da tia Chiquinha
Marabaixo é tradição com Gertrude ou tia Venina.
Marabaixo é tradição com floridas indumentárias.
Marabaixo é tradição com Danielle, Naíra e Laura.
ladrão
Pega de cá, pega de lá, todas vieram pra somar.
É a mulherada empoderada no Estado do Amapá.
Então pega de cá, pega de lá, roda a saia sem parar.
É a mulherada empoderada no Estado do Amapá.
II
Marabaixo é tradição lá em Mazagão.
Verônica dos tambores, toca um ladrão...
Marabaixo é tradição em Campina Grande.
Chama a Del e pega as caixas que tu vás ver o que é cantar comadre
III
Marabaixo é tradição, as moças do meu Torrão,
Com suas saias rodadas, volteiam no barracão.
Marabaixo é tradição, pra toda geração.
Tem meninas que não perdem um arrasta pé no salão.
Autora: Maria Aurea dos Santos ( 09/09/17 – 15:00h)



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Projeto Intercambio de Experiências Culturais

Escola Estadual Brasil Novo
Diretora: Raquelma Abreu Nascimento
Professoras: Ana Silveira e Maria Aurea dos Santos
Programação: Intercambio Cultural

Título: Conhecendo Meu Lugar Minha História

Apresentação:
A Escola Estadual Brasil Novo situada na rua Floresta nº 15 no bairro Brasil Novo conhecendo a realidade de seu alunado, vem fomentar aos alunos do 4º ano, oportunidade de realizar um intercâmbio de experiências culturais em lugares históricos de Macapá que mostram dados relevantes para melhor compreensão interdisciplinar, por serem acervos de conhecimentos multidisciplinares, proporcionará melhor entendimento dos assuntos estudados.
Público Alvo:
Direção, corpo técnico, pessoal de apoio, professores, alunos e pais ou responsáveis.
Duração: 4 horas
Objetivo Geral: Fomentar a cultura na escola por meio de intercambio de experiências culturais em pontos turísticos que proporcionem acervos históricos, resgatando e promovendo contato sobre diferentes comunidades do Amapá. Bem como, seus usos e costumes ao longo do tempo, para que o aluno conheça o lugar onde mora e sua história.

Objetivos Específicos:
·         Visitar o espaço UNA ( União dos Negro do Amapá), luta e resistência da comunidade negra no Estado.
·         Visitar O Museu Sacacá para conhecer a história de diferentes comunidades do Amapá: Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, castanheiros...
·         Visitar o Monumento Histórico Fortaleza de São José para compreender a origem de Macapá e quais povos contribuíram para a sua fundação.
·         Implementar as Leis 10.639/03 ( negros) e 11.645/08 (indígenas).
·         Fortalecer o cuidado com o meio ambiente e a relação interpessoal.


Justificativa:
A presente proposta pedagógica busca estreitar a compreensão sobre os assuntos estudados em sala de aula. Para tanto, será realizado um Intercambio de Experiências culturais entre alunos do 4º ano da E. E. Brasil Novo a fim de que estes tenham pleno acesso a história do lugar onde vivem: Formação populacional, contribuição de moradores, celebridades locais, explorar os pontos turísticos e sua beleza natural, para então compreenderem a valorização que devem ter por seu lugar e sua história.
A escola estará proporcionando o desenvolvimento da cidadania por meio da: inclusão, acessibilidade, valorização da diversidade, socialização, respeito ao patrimônio público,  ética e relação  interpessoal e intercultural.
Finalmente, cabe ressaltar que o diferencial deste projeto é ultrapassar o muro da escola e tornar concreto o aprendizado de sala de aula, fortalecendo a convivência e formação do aluno  cidadão.

Metodologia
O Intercambio ocorrerá no dia 15 de novembro de 2017, com saída da escola às 13:00h, sendo que a primeira visita será no Centro de Cultura Negra do Amapá (UNA), seguindo para a visitação do Museu Sacacá e finalizando com um delicioso piquenique na praça Beira Rio, após a visitação na Fortaleza de São José de Macapá.
Cronograma
Horário
saída
chegada
Observação
13:00
E.E.Brasil Novo
UNA
1h:30mim
14:30
UNA
Museu Sacacá
1h
15:50
Museu Sacacá
Fortaleza de S. José
1h
16:30


Pequinique – 50mim
17:20
Fortaleza de S. José
E.E.Brasil Novo
Chegando na escola 17: 50mim

Orçamento
Discriminação de vendas
Produto
Valor
Total
Vendas de 29 passagens
R$ 8,00
R$232,00
Discriminação de gastos
ônibus
R$ 200,00
- R$32,00
gelo
R$ 8,50
- R$23,50
Copo
R$ 2,00
- R$21,50
3 Bolo
R$21,50
0000000
Doação
Hot Dog
Lanche
Doado pela escola

Monitiramento
Será realizado pelos funcionários e pais de alunos que acompanham os alunos.
Avaliação
A avaliação será realizada em sala de aula entre professores e alunos através de debates, seminários e exposições.
Referencias:

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Poesia: Amazônia de pé

Amazônia de pé

Úmida floresta da América do Sul.
Que refletes| em tuas águas, o imponente céu azul.
Influencias o equilíbrio ambiental.
Ao planeta tens papel principal.
“SOS Amazônia”, grita quem sabe amar.
Quem em seus rios se banha e nas matas a fome vem saciar.
Verdejante, majestosa, obra prima imperiosa.
No rebujo das falácias, minhas lágrimas copiosas
Molhando o rosto que estremece, da brutalidade asquerosa.
Líderes sem escrúpulos, não veem o absurdo.
Que podem causar dores, a ti floresta e aos moradores
Visam ser a razão, derrubar-te em teu próprio chão.
Acordos milionários, ferem direitos minerários.
Ao extrair do teu interior recurso de mui valor.
Oh  esfera monumental! De fauna e flora excepcional.
O povo da floresta não abre a guarda.
Indígena, quilombola, ribeirinho e muito mais.
A Renca é um alento pra esta esbelta nação.
É ordem e progresso? Ou desordem e extinção?
Recua o adversário movido pela pressão.
Manter a vigília, já!, suspender não é revogar.
Vai que o inimigo resolva, com a caneta rabiscar.
Comprometendo  o destino de todos os amazônidas.
Por ti, todos juntos, num grito de fé:
 “Queremos a Amazônia de pé”!
           
Em 02/09/17 às 15:00h
Autora: Maria Aurea Santos.


Poesia Salusseana

Poesia Salusseana

Nascido em ‘Bom Jardim, rejeição não atraiu miséria.
Destino afortunado e um soneto eternizado.
Como promotor, desenvolveu atitudes públicas
Chegando advogar ação, após sua formação.
Mas em que se destacou, foi na arte que poetizou.
Cantando o sentimento que a vida enfatizou.
Num simpático chalet, onde tudo acontece.
Embala seu pensamento, em fato que enlouquece.
Uma moça formosa, lhe vem na lembrança.
Sob chuva ininterrupta, a composição e a esperança.
Inspiração que encanta,
Um amor que emana.
De bailes no cassino.
De danças com damas finas.
Surge o lago do amor parnaso.
Valorizando a forma e a perfeição.
Cisnes, maior composição Salusseana,
De um galã e uma bela dama.

Ressalta aves graciosas com imponente aparência.
Pescoço longo, bela plumagem.
Romance que reflete imagem.
Serve de inspiração a toda geração.
Que busca na literatura, a arte em formosura.
Júlio Mario Salusse, poeta e promotor.
Friburguense legado, que ficou registrado.
Na cidade Maravilhosa, que proporciona inspiração.
Um romance que enaltece peripécias do coração.

Em 22/08/17 às 22:00h
Autora: Maria Aurea Santos.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Poesia Coisas de Mãe


 Coisas de mãe


Venho aqui para falar
De todas as mães maravilhas
Elas merecem esse dia..
Pois são melhores companhias.

Quando acordo de manhã,
Ouço logo mamãe dizer:
_Levante, escove os dentes,
Se não  tu vás já ver.

            E naõ esqueça de deixar,
            A cama arrumadinha.
            Você já é bem grandinha,
            Comigo tem que andar na linha.

E depois que tomar café,
Lave e enxugue  a louça meu amor.
E cuidado pra não quebrar,
A porcelana por favor.

            Que porcelana nada...
            É puro cristal  da Cica.
            Mamãe pensa que me engana.
            Ela não tem tanta grana.

Quando peço-lhe um tostão,
Mamãe diz não tenho não.
Peça para seu pai ou avô,
E quem disse que lá eu vou...

Hora de se arrumar pra ir pra escola.
Vá depressa criatura!
E se não chegar no horário
Vás levar uma grande surra.

E no caminho pra escola,
Não dê confiança a estranho.
Hoje em dia os inimigos,
É de qualquer aparência e tamanho.

Não fico com zanga não.
Ela sempre está com razão.
Não quero vê-la irritada,
E assim me livro da vassourada.

E quando vou bem ali.
Ela diz vou cuspir aqui.
Vai num pé e vem no outro,
Se secar e você não chegar,
Já sabe que vás apanhar.

            Essas coisas de mãe
            É só pra nos proteger.
            Pois realiza a missão,
            Que só  ela poderia fazer.

Mas gostoso é ver mamãe
Orando sem cessar.
Pedindo proteção de Deus,
Pra ajudar a me criar.

Bom demais também ouvir,
Aventuras e assombrações.
Com os contos - da - carochinha.
Criança dorme como rei e rainha.

Toda   mãe é mesmo assim.
O que seria de nossas  vidas.
Sem esse presente dos céus.
Doce como o mel.

Mamãe brava, mamãe sorridente,
Chorando ou toda contente.
Ela é a rainha do nosso lar.
Por ela a Deus devemos rogar.

E vou te dizer
Papel de mãe, ninguém entende.
Como ela consegue cuidar
Ao mesmo tempo de tanta gente.
Além dos filhos, tem os amigos,
O esposo e os parentes.

Toda mãe é versátil.
Cuida-se bem.
E por isso merece,
Abraços e parabéns.

Pois nesse dia tão especial,
Queremos a todos homenagear.
E dizer com devoção
Mamãe, te amo de coração.

Em 09/05/17 às 16:00h

Autora: Maria Aurea Santo