terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Poesia: A saga dos negros

A saga dos negros

Negros dançavam, cantavam e tocavam,
Na África, sua terra natal.
Sempre alegres pelas fartas colheitas,
Fertilidade, motivo dos festivais.
Mas sem esperar, sem direito a questiona,
Foram atacados e capturados.
E por varias parte do mundo,
Remanejados.
Nos navios negreiros,
Açoites, gritos e mortes.
Legiões de homens e mulheres,
Jogados a própria sorte.
O estalar dos chicotes,
Chibatadas hipócritas.
Pura demagogia...
De dor negro estremecia.
Roubaram-lhe a alma,
Direito de conviver em clã.
O banzo era o placar mortal.
Oh! Saudade da terra natal.
Ao chegarem ao Brasil,
Chicote no dorso da negrada.
O capitão não perdoava,
E o sinhozinho era quem ordenava.
Tempos difíceis,
Pra quem vivia acorrentado.
Quando possível,
Pro Quilombo... Refugiado.
A Lei Aurea no papel,
Foi um grande libertário.
Uma ponta do Ice Berg,
Pra formar novos ideários.
Daqui pra frente, a resistência,
Casou-se com a arte e ciência.
E negros revolucionários,
Constituíram novos cenários.
Na política, arte, religião...
Economia, saúde e educação.
Em todos os aspectos sociais,
A manifestação afro, é tenaz.
A negação étnica racial,
Cotidianamente.
Abstraindo o multiculturalismo,
Explicito a toda a gente.
Mas a voz que não quer calar.
Enamorou-se de determinação.
Pois negro precisa lutar,
Pela fala, visibilidade e participação.
Então, seu legado espalhou,
Em todo lugar que passou.
Pois muito contribuiu,
Para construção do Brasil.

Em 10/12/17 às 17:00h
Autora: Maria Aurea dos Santos

Poesia: MUNICÍPIO DE ITAUBAL DO PIRIRIM

MUNICÍPIO DE ITAUBAL DO PIRIRIM

É com muito prazer
E grande satisfação.
Que estou a homenagear,
As terras deste Torrão.

E desta vez vou mencionar,
O município de Itaubal.
Que cresce culturalmente,
Com grande potencial.

Um recanto no Sudeste do Amapá,
Que a todos contagia.
Pois, sua beleza natural,
É de esplêndida magia.

Seu topônimo vem da itaúba,
Madeira de lei comercial.
Na flora nativa era abundante,
Pois deu nome ao local.

Cortado por rios e lagos,
Exibe sua diversidade.
Como parte da Amazônia,
É uma exuberante localidade.

Famílias, vindo do Bailique,
Em busca de terra pra morar.
Pra trabalhar com lavoura,
Queriam uma terra boa.

Com o passar do tempo
Chegaram levas de imigrantes.
E o pequeno povoado,
Tornou-se um vilarejo deslumbrante.
Mais tarde, de Distrito à Município,
O povo logo preferiu.
Itaubal do Piririm,
Fica a margem direita do rio.

Lugar que planta e dá,
Se tiver a manha de cultivar.
Com a enamorança da lida,
Quem planta amor, colhe guarida.

Tem como padroeiro, São Benedito.
Respeitado, aclamado e mui querido.
Prestigiado com devoção pelos itaubalenses,
Aumentando a fé de amigos e parentes.

Na segunda quinzena de dezembro.
É o festejo do Santo Protetor.
Vem gente de toda a direção,
Prestar-lhe grande veneração.

A reverência resulta,
Em bastante fé e folia.
A cidade resplandece,
Com múltiplas regalias.

Tens evento marajoara,
Oh! Piririm do Amapá.
Grande espontaneidade!
Como criança, vives a bailar.

Ergue forte teu Brasão!
Hasteia tua bandeira!
Ao som de bela canção,
És nação brasileira!


Com identidade própria,
Liberdade e soberania.
Tens honra e dignidade,
Contra toda tirania.

Gente linda, gente amiga.
Encanta quem vem visitar.
Fauna e flora numerosa,
Deleite do Amapá.

Pra valorizar esse chão,
E as pessoas da região.
Esse show de talento,
É um grande advento.




Em 06/12/17 às 20:00h
Autora: Maria Aurea